Dra. Michele Kreuz - Dermatologista
A alta produção de melanina é uma das principais consequências da alta exposição ao sol.
Segundo um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estima-
se que 35% das mulheres brasileiras possuem melasma. Apesar de ser um nome conhecido,
principalmente por quem gosta de manter uma rotina de cuidados com a pele e pela grande
exposição ao sol devido ao clima tropical do país, ainda há dúvidas relacionadas a condição
que causa o aparecimento de manchas amarronzadas na pele.
A dermatologista Michele Kreuz, sócia titular da Sociedade Brasileira de Dermatologista,
explica os pontos principais da condição que precisa de uma atenção maior durante o verão, a
estação que está cada vez mais próxima por conta da forte onda de calor.
O que é o Melasma?
“O melasma são manchas que vão surgindo na pele, geralmente no rosto por ser um local que
tem mais contato com a exposição ao sol, elas variam de cor, podendo ser castanho-escuros
ou marrom-acinzentadas. Essas manchas surgem após o aumento de produção de melanina,
seja pela alta exposição solar ou por mudanças hormonais. É comum que essas manchas
apareçam no buço, na testa e nas bochechas”, explica a dermatologista.
Por que o melasma surge?
A profissional afirma que há diferentes fatores para que ele apareça. Pode ser por conta de
mudanças hormonais, como o uso de pílulas anticoncepcionais, a própria gravidez e a
menopausa, há pacientes que possuem uma predisposição ao melasma também.
“Além da questão hormonal, a exposição ao sol é um fator crucial para que o melasma dê os
seus primeiros sinais, principalmente se o paciente não faz o uso do protetor solar antes de
sair de casa. Os raios UV provocam um estímulo na produção de melanina, quando ela
ultrapassa um nível habitual do organismo, essas manchas castanhas ou acinzentadas
aparecem.”
Como evitá-lo?
Michele afirma que alguns hábitos são necessários para que as manchas não apareçam na
pele. Entre eles, o principal: o uso contínuo do protetor solar, de preferência os que possuem o
fator de proteção maior de 50, a dermatologista recomenda reaplicá-lo a cada duas horas, nos
dias mais quentes e com sol forte e a cada três horas em clima mais ameno.
“Evitar saídas nos dias que o sol está muito forte também é indicado, mas se for necessário
sair, além do uso do protetor solar, utilize chapéus de abas largas, óculos escuros e roupas que
cubram a pele para proteger contra os raios de sol fortes.”
Como cuidar das manchas para que não surgem mais?
“A reaplicação do protetor solar é essencial para que os sinais do melasma não aumentem na
pele, se for para praia ou piscina, tente sempre ficar na sombra com a ajuda de um guarda-sol.
Com uma visita ao dermatologista, também é possível adicionar produtos clareadores na
rotina de cuidados com a pele para diminuir as manchas e evitar que elas apareçam mais”,
afirma Michele.
Quais são tratamentos disponíveis para o melasma?
Além dos clareadores e outros tratamentos tópicos, a dermatologista afirma que há
alternativas para tratar e acabar com as manchas, como os peelings químicos e procedimentos
a laser.
“Os peelings que são feitos com o ácido glicólico ou ácido salicílico podem ajudar a esfoliar a
camada superficial da pele, melhorando a aparência das manchas. É necessário consultar ao
dermatologista e verificar qual é o mais indicado para a condição de cada paciente”, finaliza
Michele.
Dra. Michele Kreuz - Dermatologista
CREMERS - 29508 / RQE 35590
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