As temperaturas mais baixas ativam estímulos cerebrais primitivos que buscam acumular energia e aumentar os níveis de serotonina.
Chega o outono/inverno e você só consegue pensar em comida: alimentos quentes e reconfortantes, um desejo louco por carboidratos… será que essa vontade toda de comer mais quando as temperaturas caem é real?
Sim, essa é uma tendência, inclusive, comprovada cientificamente. Existem estudos que já demonstraram que temos a tendência de comer mais nos meses de baixas temperaturas, com uma média de ganho de peso de 0,5 a 1kg no período.
Parece pouco, certo? Agora, pense nesse ganho constante ao longo dos anos. É aí, que, após 10 anos, você se percebe com 10kg a mais, sem saber exatamente o porquê.
É possível, no entanto, contornar essa vontade toda com algumas ideias bastante práticas e que, de fato, aquecem o corpo sem colaborar para o aumento do peso. Veja só:
1. Na hora do lanche, opte por fibras e proteínas
Seja por uma questão de evolução da espécie humana, que aprendeu a estocar energia calórica para os meses frios, seja por conta de estímulos cerebrais que enviam um alerta quando a temperatura corporal cai, o desejo por carboidratos, principalmente, tem como objetivo ajudar nesse estoque de energia/aumento da temperatura corporal. No entanto, além da sua digestão ser rápida, o carboidrato não gera sensação de saciedade.
"Associar as fibras ou as proteínas, que possuem uma digestão mais lenta, parece ser uma boa estratégia para aumentar a saciedade e diminuir o apetite nesta época do ano", explica a endocrinologista e metabologista pela USP, Dra. Paula Pires.
2. Não pule os treinos
Acredita-se que 6% da população mundial sofre de depressão, uma condição que pode se agravar nos meses em que a exposição solar cai - a chamada "depressão sazonal". Esse diagnóstico também parece estar conectado aos níveis de serotonina no cérebro e ao consumo alto de alimentos ricos em carboidrato - que elevam essa liberação hormonal, gerando uma sensação temporária de bem-estar.
"O frio e os dias chuvosos reduzem nossos níveis de serotonina, e é sabido que a atividade física eleva esses mesmos níveis", continua a médica. "Além disso, aumentamos nosso tempo em casa, no sofá, vendo televisão, o que muitas vezes está associado a comidas - diferente do verão que vamos a parques, praias e piscinas."
Em resumo: vale a pena manter a rotina de exercícios físicos mesmo durante os meses mais gelados e chuvosos, colaborando para a sensação permanente de bem-estar gerada pela prática, combatendo a depressão sazonal e, claro, evitando o ganho de peso típico dessa época do ano.
Dra. Paula Pires - CRM/SP 138.809 / Instagram - @drapaulapires
Especialista em Endocrinologia e Metabologia -- RQE nº 47818
Especialista em Endocrinologia Pediátrica -- RQE nº 47818-1
Especialista em Clínica Médica -- RQE nº 47817
Como endocrinologista e clínica geral, presta atendimento a todas as faixas etárias, desde a infância até a terceira idade, seguindo o crescimento, a puberdade e o desenvolvimento até o envelhecimento e suas alterações hormonais características.
Especialista em Endocrinologia, Metabologia e Clínica Médica
Graduação pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília -- UnB.
Residência Médica em Clínica Médica pela UNICAMP.
Residência Médica em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM USP).
Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia- SBEM.
Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia Pediátrica.
Membro da Endocrine Society, SBEM e ABESO.
Preceptora de Endocrinologia no Hospital Beneficência Portuguesa (2014-2016)- discutindo casos endocrinológico e dando aulas sobre temas diversos na área de endocrinologia.
Médica Endocrinologista da Saúde do Colaborador do Hospital Sírio Libanês até 06/2017.
Faz parte do Corpo Clínico dos Hospitais Sírio Libanês, Nove de Julho e Albert Einstein.
Sócia Proprietária da Clínica Essenza.
Fez o curso de Medicina do Estilo de Vida (Lifestyle Medicine) e gerenciamento do stress, sono e qualidade de vida pela Harvard Medical School- Curso: Tools for Promoting Healthy Change, junho de 2017 e de 2018.
Membro ativa do American College de Lifestyle Medicine.
Fez o curso em “Culinary Coaching” pelo Instituto de Medicina do Estilo de Vida do Spaulding Rehabilitation Hospital-Harvard Medical School- 2018.
Idealizadora do projeto “Médicos na Cozinha” e editora do livro “Médicos na Cozinha”.
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