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Suplementação x substituição, farmacêutico ensina a diferença.


Eles são mais práticos, sem sobra de dúvida, mas o farmacêutico homeopata Jamar Tejada (Tejard) da capital paulista, explica que se não há alimentação adequada, não há suplementação que vá substituir a carência nutricional que toda pessoa precisa.

“É fato que com o uso suplementos fica mais fácil de conseguir controlar da velocidade de absorção, isolar determinado substâncias como as proteínas sem gordura, os carboidratos, aminoácidos, vitaminas, minerais, além de ajudar no controle energético, mas tudo isso precisa ser controlado levando em conta o estilo de vida, preferências e aversões alimentares, além dos exames laboratoriais, o histórico clínico, a modalidade esportiva que está sendo praticada e os objetivos de cada pessoa”, fala o especialista.

Para Jamar, o cuidado para não substituir, mas sim complementar uma dieta, deve ser o primeiro ponto a ser levado em consideração e ainda alerta: “Suplementos alimentares industrializados sem qualidade podem até atrapalhar o bom rendimento e ainda acarretar em doenças que podem surgir com o mau uso”.

O farmacêutico realça que de forma alguma todos os suplementos são bem-vindos, mas que nenhum deles substitui uma refeição, eles podem apenas complementar para que qualquer carência nutricional que a pessoa possa vir a ter seja sanada com o uso. “Todo suplemento de boa procedência traz efeitos benéficos no organismo, mesmo para quem não pratica atividade física, mas são benéficos desde que haja alimentação de verdade junto. “Os suplementos servem justamente para complementar uma dieta e não para substituir alimentos, alimento é uma coisa e suplemento é outra”, diz.

Quem precisa mesmo suplementar?


Jamar fala que a suplementação deve ser feita para ser uma dose a mais daquilo que, por algum razão, a pessoa não está conseguindo através apenas da alimentação que possa estar desequilibrada ou insuficiente. Mas, todas essas doses devem ser pequenas, apenas para completar o que faltou na alimentação. “Isso muda apenas para alguns grupos”, fala Jamar, que cita alguns exemplos:

  • Praticantes de atividade física intensa e frequente: Nestes atletas há produção excessiva de radicais livres (estresse oxidativo) e deverá haver uma produção compensatória de enzimas antioxidantes. Nestes casos vale suplementar com vitaminas do grupo B, como tiamina, riboflavina, niacinamida, ácido pantotênico e piridoxina, já que elas são utilizadas intensamente pelas células na produção de energia que acontece mais intensamente durante atividades físicas extenuantes.

  • Mulheres que pretendem engravidar: é importante fazer o uso de ácido fólico (5 mg/dia) nos meses que antecedem a concepção para diminuir o risco de malformação fetal. Quando grávidas, as mulheres podem usar suplementos de ferro para evitar a anemia durante a gestação, além do Ômega 3 que auxilia no desenvolvimento fetal.

  • Vegetarianos: Devem tomar doses complementares de vitamina B12 para evitar a carência deste nutriente no decorrer da vida.

  • Pessoas com carências específicas de determinadas vitaminas ou minerais: Pessoas que por baixa ingestão, interação medicamentosa ou por doenças específicas já passaram por exame e por um especialista para então definir a suplementação exata.

Jamar Tejada - Instagram - @tejard

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